Alento #3
SOPRO
Seja ou não verdade que aprenderam com Zalmoxis os saberes pitagóricos e órficos, o certo é que a colheita do visco, o fabrico das mágicas poções e dos unguentos fermentados com o amparo dos óleos e das manteigas essenciais apenas constituíam parte dos segredos dos druidas.
Os ínclitos relatos das façanhas praticadas por Mog Ruith, provavelmente o mais célebre de todos os druidas da Irlanda, não permitem grandes dúvidas: Mog Ruith dominava os inimigos com o sopro, e sabia usá-lo de forma a despertar em seu benefício as forças mais inumanas da natureza.
(…)
Para muitas das tribos da Europa, como noutras partes do mundo, o sopro e a palavra sempre foram duas faces do mesmo: apoiam-se mutuamente, socorrem-se um do outro.
Porque, quando circula no interior do corpo, o sopro entra em sintonia com o movimento dos fluidos e dos humores e comunica-lhes a força vital. E, quando circula no exterior, a linguagem faz o mesmo junto das coisas do universo. Atribui-lhes ordenação e sentido.
textos de Jorge P. Pires
fotos de Duarte Belo
© Assírio & Alvim 2003
O Blogue dos Manteigas de visita a este espaço 🙂
Abraços da Serra da Estrela
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Olá.
Já tenho saudades de vos ouvir!! Para quando um novo disco!?
Saudações.
Joana