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Alento #3

03/10/2008

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SOPRO

Seja ou não verdade que aprenderam com Zalmoxis os saberes pitagóricos e órficos, o certo é que a colheita do visco, o fabrico das mágicas poções e dos unguentos fermentados com o amparo dos óleos e das manteigas essenciais apenas constituíam parte dos segredos dos druidas.
Os ínclitos relatos das façanhas praticadas por Mog Ruith, provavelmente o mais célebre de todos os druidas da Irlanda, não permitem grandes dúvidas: Mog Ruith dominava os inimigos com o sopro, e sabia usá-lo de forma a despertar em seu benefício as forças mais inumanas da natureza.

(…)
Para muitas das tribos da Europa, como noutras partes do mundo, o sopro e a palavra sempre foram duas faces do mesmo: apoiam-se mutuamente, socorrem-se um do outro.
Porque, quando circula no interior do corpo, o sopro entra em sintonia com o movimento dos fluidos e dos humores e comunica-lhes a força vital. E, quando circula no exterior, a linguagem faz o mesmo junto das coisas do universo. Atribui-lhes ordenação e sentido.

in Alento – Danças Ocultas

textos de Jorge P. Pires
fotos de Duarte Belo
© Assírio & Alvim 2003

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2 comentários leave one →
  1. 04/10/2008 3:59 pm

    O Blogue dos Manteigas de visita a este espaço 🙂
    Abraços da Serra da Estrela
    http://bloteigas.blogspot.com/

  2. Joana Lima permalink
    08/10/2008 12:02 pm

    Olá.
    Já tenho saudades de vos ouvir!! Para quando um novo disco!?
    Saudações.
    Joana

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